quarta-feira, 30 de abril de 2008

Ele é o falso vilão


Acusado de reduzir a oferta de comida no planeta, o etanol brasileiro estimula o plantio de alimentos.

Até pouco tempo atrás, o Brasil só recebia elogios por seu revolucionário programa de uso do álcool feito de cana-de-açúcar para o abastecimento de carros. Não sem motivos.
Especialistas viam o combustível verde como a salvação da lavoura num cenário de aquecimento global, de perspectiva de escassez dos combustíveis de origem fóssil e de instabilidade política nos países produtores de petróleo. Hoje, com a ajuda da tecnologia dos motores movidos a bicombustíveis, o consumo de etanol já é maior do que o de gasolina no país, algo que não ocorria desde os anos 80, no auge do Proálcool. De um mês para cá, no entanto, o jogo começou a se inverter. O etanol transformou-se no vilão do encarecimento mundial de alimentos. Isso porque, segundo seus críticos, o uso de terras férteis para produzi-lo reduz a área destinada às culturas tradicionais de grãos, como arroz e trigo. Essa suposição fez o relator especial da ONU para o Direito à Alimentação, o suíço Jean Ziegler, classificar a produção de biocombustíveis de crime contra a humanidade, ataque reforçado por Robert Zoellick, presidente do Banco Mundial. Segundo Zoellick, enquanto alguns estão preocupados em encher o tanque de seus carros, "muitos ao redor do mundo se debatem para forrar o estômago, e isso fica mais difícil a cada dia".

Leia mais aqui: Planeta Sustentável.

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